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Trekking: os melhores trilhos de Portugal

por pcassio

22/10/2020
Trekking: os melhores trilhos de Portugal

Se é um adepto de caminhadas e quer levar o exercício para outro nível, há segredos bem escondidos no nosso país que pode explorar. Dos mais acessíveis até aos mais exigentes, os melhores trilhos de Portugal estão ao alcance de todos, mas convém que se prepare em condições para conseguir fazê-los. Aqui ficam as nossas sugestões:



1. Trilho da Frecha da Mizarela, Serra da Freita

Com um grau de dificuldade elevado, esconde-se o trekking pela Frecha da Mizarela. Pertence ao Geoparque de Arouca e proporciona-lhe a paisagem soberba de uma cascata proveniente do rio Caima, uma das mais altas da Europa. Num total de oito quilómetros, para percorrer em cerca de cinco horas, o trilho é circular, iniciando-se no Parque de Campismo do Merujal. Pode também começar junto ao Miradouro da Frecha, um local obrigatório. Com encostas abruptas a partir de meio do percurso, é necessário cuidado, sobretudo se tem vertigens. Não se recomenda fazer o percurso em dias de chuva e vento, devido ao gelo e água que tornam as rochas escorregadias. O ideal é fazê-lo na primavera ou no verão.

 

2. Trilho dos Pescadores, Rota Vicentina

Sempre junto ao mar, este trekking inclui quatro etapas de um dia, com um máximo de 22 quilómetros cada. Caso tenha apenas um dia, sugerimos o percurso entre a Zambujeira do Mar e Odeceixe. O grau de dificuldade é médio, mas o caminho pode tornar-se difícil com altas temperaturas. Pode começar na Capela de Nossa Senhora do Mar e descer em direção à praia da Zambujeira. Siga pela falésia e vai cruzar-se com enseadas, praias e paisagens impressionantes. Descanse a meio na aldeia da Azenha do Mar. Com Odeceixe ao fundo, falta descer a falésia até à ribeira e percorrer os últimos quilómetros em asfalto.

 

3. Ecopista do rio Minho, Valença-Monção

Inaugurado em 2004, este foi um dos primeiros percursos, a nível nacional, a aproveitar uma antiga linha férrea para fins turísticos. Dois anos depois, foi considerada a quarta melhor ecopista da Europa, graças a um percurso sempre junto ao rio Minho, que permite visitar diversos monumentos e locais de interesse histórico e cultural. Para além de proporcionar vistas únicas sobre o rio, a ecopista passa ainda por locais de grande interesse paisagístico e ambiental. Com uma distância de 17 quilómetros, tem como ponto de partida a Casa da Linha, na Ponte Seca, em Valença, e ponto de chegada no Lugar da Barca, em Lodeira, Monção.

 

4. Passadiços do Paiva, Arouca

São 17 quilómetros, ida e volta, de passadiços de madeira, entre árvores e rochas, por vezes suspensos em falésias ou sobre pequenos desfiladeiros, ao longo da margem esquerda do rio Paiva, considerado o mais selvagem de Portugal. O percurso tem início na aldeia de Espiunca e o troço inicial é em linha reta e quase plano, o que permite apreciar a paisagem. A meio, fica a praia fluvial do Vau, acessível através de uma ponte suspensa. Prossegue-se então para o troço mais espetacular, que contorna a grande garganta do Paiva e após a qual é necessário subir cerca de 500 degraus rumo a um miradouro com vista panorâmica. Depois, é sempre a descer até à praia do Areinho, onde muitos voltam para trás, até ao ponto de partida.

 

5. Fisgas do Ermelo, Vila Real

No ponto de encontro entre Douro, Minho e Trás-os-Montes, ao longo de 12 quilómetros, este trilho reúne o melhor das três regiões, entre os concelhos de Mondim de Basto e de Vila Real. Trata-se de um cenário natural único, que pode ser explorado através deste percurso, com início na aldeia de Ermelo, uma das mais antigas de Portugal. Sempre junto às margens do Olo, acompanha-se a mudança da paisagem, cada vez mais selvagem, à medida que o rio prossegue através de apertadas gargantas, até se precipitar, montanha abaixo, de uma altura de cerca de 400 metros, nas Fisgas do Ermelo, numa das maiores quedas de água da Europa.