Finanças

Dicas Para Se Preparar Para uma Crise Financeira

por pcassio

02/03/2020
Dicas Para Se Preparar Para uma Crise Financeira

As condições de vida dos portugueses têm melhorado gradualmente nos últimos anos. O risco de pobreza, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), é o mais baixo de sempre, encontrando-se nos 17,3% da população. Contudo, a história está recheada de exemplos de como as crises económicas e financeiras são cíclicas e podem aparecer quando menos se espera. Quem melhor se acautelar hoje, maiores possibilidades terá de sobreviver ao perigo de uma crise amanhã. E as dicas que lhe deixamos visam prepará-lo para essa eventualidade.

Abordar o tema em família

É muito importante que todos os elementos do agregado familiar estejam cientes dos problemas que uma crise poderá trazer, com a redução do poder de compra entre os principais. Assim, se o objectivo é traçar um plano para se acautelar para o que possa surgir, convoque uma “reunião” e tenha um diálogo sincero. O objectivo não é impor uma opinião. É discutir ideias e tentar traçar um plano que permita a todos passar por um período de maior aperto sem problemas de maior.

Definir prioridades

Durante o encontro familiar, é necessário que fique muito bem definido o que é ou não prioritário no estilo de vida que todos levam. Que gastos dispensáveis poderão ser reduzidos, que tipo de hábitos mais pesados para a carteira podem ser trocados por outros mais económicos, etc. Não é necessário cortar em tudo de um momento para o outro. Apenas efectuar umas pequenas adaptações para que todos possam continuar a desfrutar do que mais gostam.

Poupar antecipadamente

Não é aconselhável esperar pelo aparecimento de uma crise para criar o hábito de poupança, sob pena de ser demasiado tarde para evitar alguns dissabores. Ao longo dos últimos meses temos deixado várias dicas sobre poupança que pode consultar para o ajudar. A importância de efectuar listas de supermercado para não gastar mais do que o necessário, a renegociação de alguns créditos ou de contratos de electricidade e comunicações, etc.

Criar um fundo de emergência

Todas as poupanças que conseguir devem ser aplicadas na criação/reforço de um fundo de emergência. Alguns especialistas em economia e finanças defendem que este deve contemplar, no mínimo, o valor relativo a seis meses de despesas. Outros, consideram que o valor base deve ser de um ano. Seja qual for a opção que possa tomar, o mais importante é que a quantia seja de fácil acesso, para que possa movimentá-la assim que for necessário. Se não a quiser aplicar, uma vez que as taxas de juro dos depósitos a prazo têm vindo a cair, procure um banco que não cobre comissões de gestão de conta para que não esteja a pagar por ter o dinheiro guardado.

Gerar rendas extras

Se concluir que não há espaço para grandes adaptações aos hábitos familiares, tem como uma boa alternativa procurar obter um rendimento extra. E poderá fazê-lo de várias formas. Arranjar um trabalho suplementar é a mais óbvia. No entanto, poderá também começar a vender algumas das coisas que tem guardadas na garagem ou no armário ou colocar em prática alguns dos dotes que possa ter (culinários, musicais, etc.) para amealhar mais alguns euros.

Não contrair demasiadas dívidas

As responsabilidades que possam existir são a maior dor de cabeça das famílias num momento de crise, no qual as taxas de juro ou os spreads podem aumentar para níveis fora do comum. Por isso, deve, sempre que puder, tentar amortizar alguns dos encargos que existam no presente. Quanto mais cedo deixar de pagar determinado empréstimo, mais cedo ficará com mais dinheiro mensalmente e menos preocupações terá no futuro. Se não o conseguir, é importante que também não contraia mais dívidas, para não agravar a situação financeira num eventual cenário de crise.