por pcassio
28/05/2020
A pandemia afectou todos os sectores da economia e o mercado imobiliário não fugiu à regra. Durante dois meses, as empresas do sector registaram uma paragem significativa das actividades, mas agora que o desconfinamento passou a ser palavra de ordem, como irá reagir o mercado? As pistas são evidentes: há menos imóveis em negociação, o mercado de arrendamento teve quebras abruptas, cuja recuperação será lenta, mas é ainda cedo para se perceber o real impacto da covid-19 em todo o sector. Analisemos o ponto da situação:
Preços
Apesar de ainda não se estarem a sentir alterações significativas nos preços dos imóveis, será natural que se verifiquem quedas a breve prazo. Estranho será se tal não acontecer. No entanto, se a crise não ultrapassar os três meses, o que parece improvável, não haverá fundamento para uma descida acentuada do preço das habituações novas. Para já, não se antecipam oscilações significativas, tendo em conta que ainda se verifica um desequilíbrio entre a oferta a procura no país.
Avaliação
Os valores das avaliações bancárias, para a concessão de crédito à habitação, já começaram a descer, pela primeira vez nos últimos quatro anos. No mês de março, quando Portugal começou a viver em Estado de Emergência, o que se viria a verificar até ao início de maio, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.110€ por metro quadrado, menos 1€ do que em fevereiro, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
Compra e venda
Com as novas ofertas em quebra, as pessoas estão à espera para ver exactamente no que a crise vai dar. O eventual aumento da oferta dependerá da transição de algumas unidades de alojamento local para a habitação tradicional, na maioria tipologias de pequena dimensão, tanto para venda como para arrendamento. A procura por parte de clientes internacionais deverá aumentar primeiro, uma vez que Portugal continuará a oferecer os mesmos factores diferenciadores reconhecidos pelos estrangeiros.
Arrendamento
O mercado de arrendamento é o que apresenta maiores oscilações, com especial incidência em zonas como Lisboa, Porto e Algarve, muito dependentes do turismo. Com a quebra desse sector, os empresários que estavam a explorar este negócio serão obrigados a colocar estes imóveis no mercado de arrendamento habitacional, o que irá provocar a quebra dos preços praticados, devido ao aumento da oferta.
Atraso nos projectos
Este será talvez o ponto com mais consequências visíveis no curto prazo. As situações de incumprimento, atrasos e paragens na construção de vários projectos imobiliários em curso trazem problemas aos promotores, que sofrem prejuízos e não conseguem colocar os produtos no mercado, sem esquecer os frequentes atrasos nos licenciamentos das obras.
Teletrabalho
É um facto que as imobiliárias aprenderam com esta crise e adaptaram-se às novas alterações no mercado, sobretudo com a introdução do teletrabalho. Estão a ser vendidas casas online, sem serem necessárias visitas presenciais, como por exemplo imóveis em construção, com a mais-valia de poderem ser personalizadas ao gosto do cliente. Com recurso a programas especializados, é mostrado ao cliente como irá ser a futura casa. Isto pode significar que, no futuro, haverá uma menor procura por grandes escritórios, fazendo com que os preços desçam.
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