por pcassio
17/06/2020
Temos a tendência para pensar que burlas e esquemas fraudulentos só acontecem aos outros, mas é preciso ter consciência de que uma simples distracção pode levar-nos a acreditar que estamos realmente a ser contactados por uma entidade credível. Por isso, é essencial que a população esteja bem informada sobre a forma como estes crimes se desenrolam, pois existem vários indícios do que pode ser uma tentativa de burla. Para o ajudar a identificar estes esquemas, eis um conjunto de dicas que o podem ajudar a não dar passos em falso:
1. Confirme se os contactos pertencem à entidade
Se receber um e-mail ou uma SMS de uma entidade que não o costuma contactar, deve verificar o remetente. Na maioria dos casos, os números ou e-mails não pertencem a estas entidades. O primeiro passo é pesquisar num motor de busca. No caso dos e-mails, pode verificar se o domínio do mesmo corresponde à entidade oficial. Se tiver dúvidas sobre a veracidade do contacto em causa, deve ligar para a entidade.
2. Verifique a ortografia e a gramática das mensagens
Alguns dos esquemas mais conhecidos tentam reproduzir a comunicação de várias entidades, tanto na cobrança de serviços, como para angariação de fundos. Por isso, é importante estar atento aos pequenos detalhes, como o tipo de escrita utilizada e se existem erros ortográficos ou gramaticais. Caso detecte alguma incoerência, que pode derivar de uma tradução automática, contacte o serviço de apoio ao cliente dessa entidade.
3. Não pague as contas antes de receber a factura
Algumas das burlas mais conhecidas têm por base a cobrança de supostas dívidas ou valores em atraso de mensalidade. Uma boa práctica para evitar ser enganado é proceder aos pagamentos apenas quando recebe a factura. Desta forma, consegue comprovar se os dados para pagamento correspondem aos da entidade. Caso contrário, deve entrar em contacto com as entidades policiais e apresentar uma queixa formal.
4. Não carregue em links de mensagens suspeitas
Muitos desses links servem para a subscrição de serviços de valor acrescentado ou reencaminham para formulários com o intuito de roubo de dados pessoas e bancários. A melhor forma de lidar com este tipo de comunicação é ignorar todos os e-mails e mensagens suspeitas, e de seguida contactar as entidades envolvidas nas mensagens.
5. Visite o site oficial se quiser fazer um donativo
O uso de causas nobres para a angariação de fundos é uma das burlas mais conhecidas. Se pretende fazer um donativo, opte por consultar o site da entidade de cariz e veja como pode proceder. Pode também ligar para o número oficial da entidade e pedir esclarecimentos sobre contribuições e doações. Esta é sempre a forma mais segura de ajudar.
6. Tenha atenção às promessas de entidades de crédito
Se receber uma mensagem ou um e-mail com promessas de concessão de crédito automático ou num prazo muito curto, deve ter cuidado. Nunca deve fornecer os seus dados a uma instituição bancária que não conhece. Em caso de dúvida, formalize o pedido num balcão oficial da entidade. Caso tenha a certeza de que foi vítima de uma tentativa de burla, deve denunciar a situação ao Banco de Portugal e às autoridades policiais.
7. Informe-se sobre aplicações de pagamentos online
Se pretende fazer pagamentos através de aplicações, informe-se primeiro sobre as funcionalidades das mesmas e procedimentos. O mesmo acontece com o homebanking. Informe-se sempre sobre as questões de segurança, os códigos que são pedidos e como pode fazer os pagamentos sem correr riscos. Nunca dê acesso a estes sistemas a outras pessoas.
8. Na dúvida, não forneça dados pessoais e bancários
Sempre que duvidar da credibilidade de um e-mail, SMS ou contacto telefónico, não deve fornecer qualquer dado pessoal ou bancário. Se houver insistência, termine de imediato a conversa ou a comunicação e informe-se junto das entidades oficiais. Caso perceba que está perante um esquema fraudulento, deve apresentar queixa às autoridades competentes.
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