Troca de pneus: tudo o que precisa de saber

Nem sempre valorizados quando se fala em automóveis, nos pneus reside grande parte da segurança de quem se faz à estrada. Suportam todo o peso do veículo e estão em contacto direto com o piso, pelo que é muito importante saber quando devem ser mudados e que cuidados se deve ter.

Consoante o uso do automóvel, os pneus devem ser verificados pelo menos mensalmente, sendo que a pressão deve ser verificada com os pneus frios. Se passou por cima de algum buraco ou se trilhou o pneu num passeio ao estacionar, tire a limpo se não o danificou com um corte ou uma bolha. Se o pneu tiver um desgaste mais acentuado no centro ou nas extremidades, informe-se junto de um mecânico. Os problemas podem surgir de um pneu mal calibrado ou de um desalinhamento da direção.

Os pneus não têm uma data de validade específica, mas há situações que deve ter em conta. A saber:

- Tamanho do piso igual ou inferior a 1,6 milímetros: quando o piso dos pneus atingir este indicador de desgaste, está na hora de os trocar. A falta de aderência e a aquaplanagem são riscos comuns na utilização de pneus com menos de 1,6 mm de piso.

- Data de fabrico: em cada pneu, pode encontrar o número que corresponde à semana e ao ano em que foi fabricado (por exemplo, DOT 2514 significa que o pneu foi fabricado na 25.ª semana do ano 2014). A partir do 5.º ano, o pneu pode começar a apresentar debilidades devido à elevada utilização e exposição às condições atmosféricas, pelo que deve verifica-lo com regularidade.

- Dano causado: caso um pneu esteja danificado, deve imobilizar de imediato o automóvel porque não é seguro e ainda pode ser recuperado. Em caso de furo, talvez seja possível reparar. Se tiver um rasgo ou uma bolha, a possibilidade de reparação é mais baixa. Se tiver de mudar um pneu, provavelmente terá de mudar o outro do mesmo eixo. Se não o fizer, a diferença entre o rasto do novo e do usado é elevada, podendo causar desequilíbrios.

Na hora de comprar, lembre-se de que tem de ter pneus iguais no mesmo eixo, sob pena de ser multado pelas autoridades. As marcas de pneus são diferentes, tal como a qualidade, ou seja, um pneu mais barato, o chamado “low cost” vai quase de certeza fazer menos quilómetros do que um pneu mais caro, o chamado “premium”, pelo que a diferença de preços muitas vezes compensa. Por outro lado, a segurança e a fiabilidade dos “premium” são muito superiores.

A escolha de pneus amigos do ambiente, os chamados pneus verdes, é outra variável a ter em atenção. Além de se tratar de um pneu mais leve e menos ruidoso, o pneu “green” ajuda o carro a ser mais eficiente. Outra situação a ter em conta é o índice de velocidade, que surge por noma no pneu depois das dimensões (ex: 225/45 R17 91V). Nesse caso, o índice de velocidade é a letra “V”, que significa estarmos em presença de um pneu para uma velocidade máxima de 240 km/h.

Quando compra pneus novos, deve instalá-los no eixo traseiro, pois está sempre mais sujeito a perder o controlo do carro por falta de aderência no eixo traseiro do que no eixo dianteiro. No caso dos automóveis de tração à frente, além este motivo, esta é também uma forma de desgastar primeiro os pneus mais antigos.

Para precaver um desgaste acentuado dos pneus, siga estes conselhos:

- Verifique regularmente a condição e a pressão dos pneus

- Evite manobras bruscas e travagens repentinas

- Evite velocidades elevadas

- Cruze os pneus de 15 em 15 mil quilómetros, para gastar os pneus de forma uniforme