por pcassio
30/10/2019
Se grão a grão enche a galinha o papo, talvez seja uma boa altura para considerar a preparação do futuro do seu filho(a) com um bom pé-de-meia. Seja para pagar as propinas da faculdade, para comprar um carro, para viajar, para dar entrada para a compra de uma casa… A razão é pouco relevante. O mais importante é fazer crescer aquele montante, efectuando investimentos que permitam algum retorno (juros). O que lhe apresentamos de seguida são alguns desses produtos, que devem ser escolhidos consoante o valor a investir, a idade da criança e o rendimento que espera obter. A escolha será sempre sua.
Depósito a Prazo
É uma solução oferecida pela maioria das instituições bancárias, à qual vem normalmente atrelada uma oferta para os miúdos (mealheiro, entrada para o zoo, etc.), e é mais indicada para aplicações a longo prazo. As taxas de juro variam de banco para banco, mas, por força das dificuldades que estes têm enfrentado, a tendência é de queda (a média está nos 0,1%). Poderá desenhar um plano de transferências automáticas, levando à entrada de uma determinada verba na periodicidade que mais lhe der jeito, já que o produto permite fazer reforços. O retorno do capital é garantido, ainda que esteja longe de ser a opção mais rentável. Os associados da DECO têm à disposição um simulador no portal desta instituição.
Certificados do Tesouro Poupança Crescimento
É um produto do Estado Português com capital garantido e um prazo máximo de sete anos. A subscrição pode ser feita nos CTT e as vezes que quiser até a criança atingir os 18 anos de idade. Para os subscrever precisa de reunir mil euros, que não poderão ser reforçados. Ou seja, sempre que receber algum dinheiro, terá de juntar novamente aquela quantia para realizar uma nova subscrição. Este ano (2019), as taxas brutas variam entre os 0,75 % e os 2,25 % (as líquidas são entre os 0,5 % e os 1,38 %). Se mantiver o certificado durante o prazo máximo, garantirá, no mínimo, 1% líquido por ano, embora até possa render mais (1,2%), já que a partir do segundo ano acresce um prémio se o PIB for positivo.
Seguros de Capitalização
Neste produto verá o dinheiro que colocar de lado ser investido e reinvestido todos os anos até terminar o contrato (normalmente de 8 anos e 1 dia) em produtos de capital garantido. O retorno e os benefícios fiscais são superiores a um depósito a prazo, por exemplo, mas também têm algumas desvantagens, como as comissões pagas no momento da subscrição e resgate e o facto de não poder mexer no capital durante alguns anos. Existem dois tipos de seguros: o de entrega única, ou seja, somente o valor que investir inicialmente; e os de entregas periódicas, que lhe permitem depositar todos os meses um valor. Alguns seguros estão a oferecer em 2019 um rendimento mínimo de 0,5%. Pode encontrá-los em dependências das seguradoras ligadas ao ramo de vida ou nos respectivos mediadores.
Fundos de Investimento
É a opção mais rentável, mas igualmente a que carrega com ela mais riscos, pelo facto de não garantir o capital investido, uma vez que varia consoante as oscilações dos mercados financeiros. O dinheiro é gerido por uma equipa, que compra e vende activos, e apresentam um custo de subscrição, de gestão e também de resgate. São comercializados por bancos e por seguradoras, ajustam-se ao risco que o investidor quer assumir e, em alguns casos (fundos imobiliários), apresentam um regime fiscal bem favorável. Fique a saber, porém, que eventuais desvalorizações poderão implicar perdas no investimento (quando o objectivo é que o bolo suba).
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