Lazer

SALDOS: Dicas para Compras Inteligentes

por pcassio

08/08/2019
SALDOS: Dicas para Compras Inteligentes

A definição de saldos para o consumidor é cristalina: comprar em qualidade e gastar o menos possível. Com tantas promoções e baixas de preço ao longo do ano, por vezes até é complicado perceber quando começa e quando termina a verdadeira época de saldos. Mas ela existe. E em Portugal está regulamentada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Um dos períodos está compreendido entre 15 de julho e 15 de setembro; o outro entre 28 de dezembro e 28 de fevereiro.

Embora existam cada vez mais lojas a aderir à moda do “Dia sem Iva” ou da “Black Friday”, dias em que o consumidor é muitas vezes enganado - basta procurar na internet para encontrar exemplos de fraude -, é na época de saldos que continuam a efetuar-se as melhores compras. A euforia é tal, que muitos portugueses invadem as superfícies comerciais logo nos primeiros dias, na tentativa de agarrar por um preço apelativo aquela peça de roupa (ou outro artigo qualquer) que passaram meses a namorar. As “pechinchas”, contudo, podem resultar em alguns excessos. E quem acaba por pagar é sempre o orçamento familiar.

Apesar de tudo, existem técnicas que podem ajudar o consumidor a resistir à tentação de gastar mais do que pode nos saldos. A melhor maneira de não perder o controlo, até porque o que se pretende é qualidade e não quantidade, é comprar apenas o necessário. Ou seja, antes de se contarem os segundos para a abertura de portas de um centro comercial qualquer, deve olhar-se para o guarda-roupa e fazer uma seleção de peças que já não se usa, que já estão gastas ou que já não servem. Introduzi-las num saco, distribuir por associações de ajuda aos mais carenciados ou coloca-las nos contentores de reciclagem de roupa. A opção é de cada um. A partir daí elaborar uma lista de coisas que são realmente precisas e cumpri-la à risca. Será que são mesmo precisos uns sapatos novos quando em casa já se têm cinco pares? Provavelmente não…

Comprar no primeiro dia da época de saldos nem sempre é uma ação inteligente, uma vez que os vendedores vão baixando os preços à medida que o tempo vai passando, numa tentativa de escoar o stock. Quanto mais para o fim deste período se for às compras, mais possibilidade tem de encontrar o que pretende a um preço bem baixinho. No entanto, esta decisão acarreta um risco. Face à loucura e à corrida verificada no arranque desta fase, pode já não se encontrar aquele produto para a casa ou o tamanho daquela peça de roupa que se pretende. É tudo uma questão de ir avaliando.

Se o verão ou o inverno estão a terminar e já não existe a possibilidade de usar a roupa que pretende comprar nos saldos, também não há problema. É preciso ter noção que dentro de um ano essas estações voltam e esse tipo de artigos terão de ser novamente utilizados. Para quem tem filhos mais pequenos, o melhor é mesmo tentar adquirir a pensar no futuro, sempre com a salvaguarda de comprar um tamanho acima do que veste no momento. Lutar contra a tendência de andar na moda é outra boa forma de economizar, porque o contrário levará a constantes assaltos a lojas.

Com tantas tentações à frente dos olhos, o impulso para o gasto com coisas supérfluas é bastante natural. Por isso, especialistas em compras aconselham duas coisas: ir sempre acompanhado, não só para pedir uma opinião, mas também para ser chamado à razão perante o estímulo de comprar; e pagar com dinheiro, deixando o cartão de débito ou de crédito em casa, porque assim só gastará o que havia planeado e não em coisas que mais tarde fiquem encostadas.