Finanças

Comer Bem no Verão e Poupar

por Forretas

06/08/2019
Comer Bem no Verão e Poupar

Chegou a época do sol, do calor, das idas à praia, das brincadeiras na piscina, do ataque à banca dos gelados, dos piqueniques com a família e os amigos… Chegou o Verão! É tempo de acabar com aquela dieta louca feita nos últimos meses para ficar bem nos calções ou no biquíni. Mas isso não significa passar a comer pior. Nem gastar mais por isso. Será que na estação em que as famílias portuguesas mais gastam dinheiro em refeições é possível aliar o melhor dos dois mundos (comer bem e gastar pouco)? Claro que sim. E acredite não é assim tão complicado quanto se possa pensar.

Se há algo de que as pessoas não podem abdicar é de comer. É verdade que o verão pede mais uma bebida fresquinha para refrescar, mas ninguém pode ficar sem alimento. Sejam quentes ou frios. Os conselhos de alimentação saudável não são válidos apenas por um período. São para todo o ano. Até porque, segundo um estudo da Global Burden of Desease (GBD), efetuado em 2016, os hábitos alimentares inadequados dos portugueses foram o segundo fator que mais contribuiu para a mortalidade precoce, motivada por doenças cardiovasculares e doenças oncológicas.

Depois do período natalício e dos santos populares, é nas férias que os portugueses tendem a exagerar um pouco mais nas refeições e, como tal, acabam por gastar mais do que previam. Férias significam, em muitos casos, almoçar e jantar constantemente fora de casa. Quem nunca levou os filhos a uma qualquer cadeia de fast food neste período que levante o braço.

Controlar as idas aos restaurantes, fast food ou não, é meio caminho andado para se fazer uma alimentação saudável e poupar uns bons euros. É do senso comum que as comidas processadas e com alto nível de sal ou açúcar, como bolos ou refrigerantes, são prejudiciais à saúde. E também mais caros, já que o imposto criado pelo Governo para as bebidas açucaradas fez aumentar os preços em sensivelmente 30%.


A hidratação do corpo deve ser feita com recurso à água e, como se percebe, nunca aos refrigerantes. Por dois motivos: além de os segundos não matarem a sede, ainda aumentam a vontade de consumir mais (logo, gasta-se mais). Os sumos de fruta, como as limonadas ou as laranjadas, são uma excelente alternativa para quem prefere algo mais doce.

As refeições também devem ser mais leves, uma vez que, como o organismo no verão está mais focado em reduzir a temperatura corporal, é usada menos energia na digestão, tornando este processo mais lento. Os vegetais são as melhores opções neste caso (o preço é mais baixo do que as massas ou o arroz) e não faltam receitas espalhadas pela internet de saladas que permitem a substituição da proteína em algumas ocasiões. Quando ela for incluída numa refeição, o melhor é optar pela ingestão de carnes brancas (frango ou peru) ou de peixe, sempre sem exagerar nas porções.

Para a sobremesa aconselham-se as frutas, por causa do seu teor de água, que neste tipo de alimentos varia entre os 75 e os 95%. Principalmente nos frutos laranjas (laranjas, alperces, etc.) ou vermelhos (melancia, cereja, etc.). Além de que este tipo de alimento lhe sairá mais em conta quando for às compras ao supermercado. Um gelado de vez em quando não lhe fará mal nenhum. Mas reserve-o para quando estiver na praia, por exemplo.



Quem quiser desfrutar de um petisco na esplanada lá de casa ou enquanto joga às cartas no piquenique dos amigos, há alguns que são perfeitos, pelo facto de não engordarem tanto como outros. O caracol (é menos calórico do que a ameijoa ou o berbigão), o queijo branco (mozarela ou ricota tem mais quantidade de água) ou o bem português tremoço (baixas calorias e muita água) são apenas três exemplos. A saúde agradecerá, a carteira também e no fim do Verão teremos uma bela poupança.